Esperanto

O Esperanto

Eu não falo Esperanto, e seria um vexame na frente dos que falam. Mas não é só com isso que os esperantistas estão preocupados, com o fato das pessoas estarem falando bem ou não. Na verdade, a finalidade do Esperanto não é a mesma finalidade do Inglês, do Espanhol, do Japonês, etc. Está muito além disso. Os esperantistas esperam que essa língua, una as pessoas, que estão cada vez mais distantes, e que seja não uma língua que substitua os idiomas nacionais, mas que seja uma segunda língua de cada povo, uma língua que se fez muito importante por ser neutra, uma língua para todos.

O Esperanto foi criado pelo Dr. Lázaro Luís Zamenhof, polonês, lançada em 1887 e é difundida hoje em vários países.

Muitos dizem: mas e o Inglês? Tão importante hoje... Mas a necessidade do Inglês não é unir nada (pra não dizer que seja para destruir...!). Além disso, existem vários países onde o idioma oficial é o Inglês. Isso sempre gerou problemas do tipo superior-inferior. Há pessoas brasileiras que falam melhor o Inglês do que o Português! Ora, não estamos no Brasil? Então a língua que deve ser falada bem é o Português, não o Inglês!

Bem... mas o fato é que o Esperanto, talvez por não haver nenhum país cuja língua oficial seja o Esperanto, não gera os problemas que, por exemplo, o Inglês gera. O Esperanto é uma língua que pode ser falada por todos, apenas com a intenção de unir as pessoas. E foi isso que fez com que eu me interessasse por essa língua (apesar de não gostar de Letras...), foi a ideologia dela que me despertou, esse sentido de União.

Essa língua foi baseada nas línguas modernas. Ela foi qualificada pela Academia Francesa de Ciências como "uma obra prima de lógica e simplicidade".

A sua gramática é extremamente simples. O interessante é que não há exceções, como no Português, e cada letra tem seu som, não é como no Português onde o X, por exemplo tem vários sons.

Vendo a palavra, pelo sufixo ou prefixo, dá pra saber se a palavra é um substantivo, ou um verbo, ou um adjetivo, o que fez com que o Esperanto se tornasse uma língua muito rica e flexível.

Não há dialetos em Esperanto, pois todos os esperantistas querem a compreensão uns dos outros. Afinal, é esse mesmo o propósito, não? Além disso, existe uma Academia de Esperanto, que controla o desenvolvimento da língua e sua utilização por todo o mundo.

Como todas as línguas, o Esperanto também evolui, mas os neologismos não perturbam o fundamento básico da língua internacional. Assim, uma pessoa pode ler perfeitamente um texto escrito em Esperanto há cem anos, o que não acontece quando, por exemplo, você lê um texto do Machado de Assis onde existem várias palavras que nem são usadas mais.

Existe no mundo inteiro vários periódicos em Esperanto, além de rádios, clubes, escolas, livros. Várias obras literárias foram traduzidas para o Esperanto, entre elas a Bíblia, o Alcorão, obras de Shakespeare, Goethe, Garcia Lorca e Jorge Amado.

Normalmente as coisas lidas em Esperanto são ótimas, pois todos os esperantistas trazem o melhor da cultura para o idioma.

O Esperanto já foi reconhecido pela ONU duas vezes, em 1954 e 1985, e a Unesco recomendou aos estados-membros que ampliassem o ensino do Esperanto.

A cidade de Herzberg, na Alemanha, é a sede da "Interkultura Centro Herzberg", que promove o desenvolvimento do Esperanto. Em 2006, Herzberg se tornou a "Cidade do Esperanto".

A cidade de Herzberg e de Góra, na Polonia, são cidades irmãs desde 1993.

Posted by criptopage